quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Amamentar

Sempre quis amamentar. Sempre que pensava em ter filhos, pensava em amamentar. Um desejo que tinha e que se manteve ao longo dos anos e da gravidez.
No entanto, confesso, nunca investiguei muito o assunto, não fazia a mínima ideia do que era de facto amamentar, dos seus benefícios para mãe e bebé, das recomendações e dificuldades que podem advir.
Só nas aulas de preparação para o parto é que tive contacto com o assunto pela primeira vez e hoje vejo que o que foi dado na altura foi insuficiente e haveria muito mais a considerar.

Nesse curso aprendi quais são as recomendações da Organização Mundial de Saúde relativas à amamentação:

  • As crianças devem fazer aleitamento materno exclusivo até aos 6 meses de idade. Ou seja, até essa idade, o bebé deve tomar apenas leite materno e não deve dar–se nenhum outro alimento complementar ou bebida.
  • A partir dos 6 meses de idade todas as crianças devem receber alimentos complementares (sopas, papas, etc.) e manter o aleitamento materno.
  • As crianças devem continuar a ser amamentadas, pelo menos, até completarem os 2 anos de idade.


Aprendi que as mães devem ser encorajadas a iniciar a amamentação na primeira meia hora após o parto, a permanecer em alojamento conjunto junto do filho 24 horas por dia e a deixar o bebé mamar quando quer. Falou.se muito dos benefícios do leite materno (http://www.leitematerno.org/porque.htm), da posição e da pega correta (http://www.leitematerno.org/posicao.htm), mas... e quando vamos para casa? E quando a subida do leite tarda ou é dolorosa?

Nem eu nem o meu marido fomos amamentados, razão pela qual eu achava que não ia ter leite. Além disso, durante a gravidez não tive colostro e andava convencida de que não iria ter leite algum.
Mas, logo depois do parto, depois de tratarem de mim e do bebé, puseram o meu filho na mama e a magia aconteceu... Afinal tinha colostro, afinal os meus medos não tinham razão de ser, o meu filho estava a mamar, eu estava a amamentar!

No início tudo foi natural, o meu filho mamava bem, muito e muito tempo. O único senão era adormecer a mamar. Tinha de o estimular constantemente e parecia não fazer outra coisa a não ser mamar e dormir. Não me senti apoiada no hospital, mas também não me senti desamparada, foram-me dadas as noções básicas.
Tudo mudou ao chegar a casa. Depois de tanto ter sido examinado para lhe darem alta no hospital, o meu filho estava esgotado, só dormia, nem para mamar acordava. Fiz de tudo, ele estava há várias horas sem comer e eu estava a ficar desesperada, simplesmente não pegava na mama. Tentei tirar leite para um biberão com uma bomba emprestada mas nada saiu. Só me restou ceder a comprar leite artificial e aí ele mamou, e muito, claro, era muito mais fácil que tirar da mama.
Senti-me muito mal, sofri muito com o baby blues e ainda mais com esta situação... Pior foi quando finalmente chegou a subida do leite, uma semana depois (demorou muito a subida do leite porque o meu parto foi induzido, foi-me explicado depois, mas no hospital não me avisaram)...
Fiquei contente, pus logo o Miguel na mama, mas nada, não mamava, estava demasiado habituado ao biberão. Tirei com a bomba e dei em biberão, não queria, fazia-lhe os intestinos trabalhar, tinha dores (ele sofria muito com cólicas e andava obstipado por causa do leite artificial; o meu leite fazia funcionar os intestinos e soltar os gases e isso provocava-lhe desconforto).
Senti-me mesmo mal por ter agora leite e não ter o que fazer com ele. Deitei muito fora e hoje arrependo-me pois podia ter congelado. Simplesmente rendi-me, o meu filho não queria o meu leite. Mas não deixei de tirar com a bomba e tentar dar, para pelo menos melhorar a sua obstipação e ele lá ia bebendo algum. Mas a minha produção de leite ia sendo cada vez menor sem o bebé mamar diretamente.
Até que um belo dia, em que o pai tardava em chegar com o biberão. pus o meu filho na mama e ele não a rejeitou! A partir daí, dava mama e depois suplementava com o leite artificial, mas o meu objetivo passou a ser dar cada vez menos suplemento até passar a dar só leite materno!

Mas precisava de ajuda...
No centro de saúde existia uma enfermeira CAM (Conselheira de Aleitamento Materno), que tinha administrado o curso de preparação para o parto e que sempre disse que estava à disposição para ajudar, mas era agosto e encontrava-se de férias.
Recorri então a um grupo existente no facebook do qual tive conhecimento através de uma amiga: Amamentação com Desmame Natural (https://www.facebook.com/groups/202567586425304/).

Nesse grupo aprendi que não existe leite fraco ou insuficiente, mas sim:



Estas foram as principais noções gerais que aprendi e que têm a ver com as dificuldades que eu passei. Existem outras dificuldades mais graves, que apesar de tudo, têm solução e o ideal é as mães pedirem ajuda e terem muita força e paciência.

No meu caso, a solução passou por estar cerca de três dias com o meu filho pendurado na mama literalmente 24 horas por dia. Esvaziava um peito, passava para o outro, ainda tinha fome, voltava à primeira, e assim sucessivamente. Mudava a fralda, dormitava, e voltava outra vez a mamar... Se o bebé ficasse muito queixoso dava suplemento. Com o tempo produzi cada vez mais leite e dava cada vez menos suplemento, até que não precisou mais. Segui estas diretivas: http://mamaraopeito.blogspot.pt/2009/03/retirar-os-suplementos.html.
Agora às vezes os intervalos entre as mamadas são maiores, outras vezes menores, tem fases, como é normal e a solução é dar mais mama. Às vezes demora uma hora a mamar, outras despacha o assunto em 5 minutos. Nós adaptamos-nos ao bebé e não o contrário.

Agora não desisto quando a coisa fica difícil, em vez disso insisto!

O Miguel está com 3 meses e meio e continuamos a caminho dos 6 meses a leite materno agora em exclusivo!

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Os primeiros dias


Depois de um parto difícil e de alguns percalços, nas horas seguintes na maternidade, eu andei como que anestesiada... Uma sensação, para mim até então, desconhecida...
Nada mais importava que aquele ser lindíssimo e perfeito que se encontrava nos meus braços pela primeira vez... Uma sensação de enamoramento avassalador, impossível de explicar por palavras...
Uma vontade de agarrar e nunca mais largar aquele pequenino... Uma vontade de cuidar e mimar tão forte que faz esquecer de nós mesmos...
Naqueles primeiros dias eu ainda não sabia, andava anestesiada, mas hoje sei-o com toda a certeza: aquele ser pequenino mudou a minha vida completamente... Entrou na minha vida com uma revolução de sentimentos e de emoções indescritíveis de que eu não me julgava capaz... Mudou tudo e também as minhas prioridades... Acima de tudo, ...mudou-me completamente...

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Parabéns a mim!!!

Parabéns a mim!!!

Há 29 anos que nasci! E hoje é um aniversário ainda mais especial com o meu filhote :)


Imagem retirada de: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgipN_bT_1BqTUB1ISER5Q6bo4DVL8ekjveTxoynAovYDaqekTNggdzIZ2vL2sHFpInhrO0ddAd77wfpjmVJ4BKXnyf2Ng6CONL92jaFUQFpwC_UUbP53YVKxx25B0YMieJYQmIVLwLK6jW/s1600/parabens.gif

domingo, 2 de novembro de 2014

Um país

Queria levar-te a um país de Verdade e de Fé
Onde só existe o Bem e a Paz e não há malvadez.
Queria levar-te a viver num Paraíso de Amor e Pureza
Onde todos se amam e se vive em comunhão com a Natureza.

Mas esse lugar fica longe e não te posso lá levar,
Por isso, em vez disso, levo-te sempre dentro do meu coração!



Autora: Cristina Maria Maias Oliveira
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